o primeiro nível de relacionamento que Jesus travou foi o relacionamento com a multidão: “Seguia-o numerosa multidão porque tinham visto os sinais que Ele fazia na cura dos enfermos” – João 6:2.
o ministério de Jesus foi um ministério de multidões, mas ele nunca as priorizou. por quê? porque o nível de resposta e de compromisso da multidão é pequeno, inseguro, desconhecido; o nível de impacto e transformação da palavra sobre ela é pequeno. ele deu prioridade aos vínculos profundos que tinha com os discípulos. A Bíblia diz que a multidão o seguia por causa dos sinais e das curas que ele fazia. o que quer dizer isso? Quer dizer que a multidão, por não ter um relacionamento com Jesus, não era conhecida em suas motivações, e quem não é conhecido não é confiável.
A vida íntima de Jesus era um mistério para aquela gente. Certa vez o senhor perguntou a seus discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas” – Mateus 16:13,14. Dizia-se de tudo sobre quem ele era; porque não havia laços de compromisso e o relacionamento era determinado por um contato impessoal. A multidão vê a Jesus de longe, por isso possui uma percepção distorcida d’ele.
o segundo nível de relacionamento de Jesus foi com aquelas pessoas que o procuravam para serem aconselhadas. nós temos alguns exemplos. o primeiro é nicodemos, em João 3. ele não era propriamente da multidão, tinha um relacionamento mais próximo com Jesus. todavia, não se obrigava a obedecer a palavra que ele lhe dava. o fato de ele ir procurar Jesus à noite mostra que ele tinha vergonha de sua fé e estava preocupado com a opinião dos outros ao seu respeito. entretanto, ele ainda desejava saber mais do senhor. seu relacionamento com o senhor era mais próximo do que o da multidão, mas não o suficiente para se tornar um discípulo. o segundo exemplo de seguidor ocasional é o jovem rico. o jovem rico era um homem que não pertencia à multidão, ele simpatizava-se com Jesus. esta era a característica que mais se destacava nele: a fidelidade religiosa e até legalista. Mas, ao ser confrontado em sua superficialidade, voltou atrás. Quando Jesus mostrou-lhe a cruz, logo retrocedeu.
o terceiro nível de relacionamento que Jesus construiu foi com seus discípulos. Aqui, nesse nível, a proximidade é total, a intimidade e a liberdade com a qual se expressa pensamentos e sentimentos são completas; o compromisso e a renúncia também são totais. As motivações dos discípulos e o potencial de resposta de cada um são intimamente conhecidos e, sobre essas bases, os desafios são realizados. o discipulado nos fala da aceitação do preço da cruz. É interessante vermos que Jesus pegou homens comuns, analfabetos, sem formação religiosa alguma e passou a esses homens todo o seu ministério, unção e autoridade. Jesus passou o seu “manto”. É importante entendermos que ele não deixou por herança o ministério para a multidão. somente os discípulos receberam um ministério.
Discipulado nos fala de pegarmos alguém no nível do “vale” e o levarmos para o nível do “monte”. Fala-nos de ensinar e praticar juntos as disciplinas espirituais, corrigindo os princípios de vida errados enraizados em nossa alma, as heranças familiares, as formas erradas de responder às falácias do mundo e do diabo.
Para encerrar, vejas as características do discípulo de Jesus:
PUBLICADA EM: 08/01/2016 15:15:15 | VOLTAR PARA Palavra do pastor | OUTRAS PUBLICAÇÕES
FONTE: Extraído e adaptado do livro 21 dias pela Unidade, do Pr. Aluízio A. Silva