Jesus ungido por Maria em Betânia

Vivemos cercados de heranças religiosas, que se transformam em paradigmas, e isso tem afetado dramaticamente nosso relacionamento com Deus.

Quando pensamos em religião, logo nos vem à mente a possibilidade de podermos nos relacionar com um ser superior que está bem longe e ocupado demais, portanto sem tempo para nós, criaturas mortais. Trazemos na mente a idéia de um relacionamento pautado em causa e efeito, ou seja, se não fizermos isso, desagradaremos a “divindade” e por isso seremos castigados; por outro lado, se fizermos aquilo outro, seremos recompensados e teremos a sua “graça”. Assim como recebemos, transmitimos sem notar essa maneira de pensar sobre Deus a nossos filhos e futuras gerações. Que herança maldita!

Ficamos tão egoístas, que na maioria das vezes, tentamos “contato com Deus”, com o único propósito de receber dele algum beneficio, algo que solucione nossos problemas. Buscamos muito mais a bênção de Deus do que o próprio “Deus da bênção”.

Nos tornamos “consumidores” que se sentem no direito de escolher como, onde e quando participar de cultos ou reuniões religiosas, e então, queremos saber, como se fosse um cardápio ou um programa, quem vai pregar, quem vai cantar, quanto tempo vai durar aquele culto, etc... Religião, não tem nada a ver com Cristianismo, pois enquanto religião nos leva a pensar em apenas receber, Cristianismo tem como ênfase, o dar. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho...” Disse Jesus: “eu sou o bom pastor, o bom pastor dá sua vida pelas ovelhas...”

Isso é graça, é receber sem merecer. Receber independentemente do que somos, como está escrito: “pela graça sois salvos, isso não vem de vós, é dom de Deus”. Aleluia; somos salvos pela graça, incompreensível e exuberante graça de Deus.

O Senhor, por sua graça nos contempla com misericórdia, e por isso, nos abençoa:

  • A mulher com o fluxo de sangue, tocou Jesus para receber a cura e foi curada
  • Os amigos do paralitico levaram o enfermo para ser curado e ele andou
  • Aquele pai levou seu filho a Jesus para ser liberto dos demônios e ele ficou livre

Nada contra pedir em oração a bênção de Deus, mas qual é a motivação? A multidão seguia a Jesus apenas para receber dele algo. Assim somos nós também, não é verdade?

Em João 12 lemos uma história interessante. O mestre estava em Betânia participando de uma ceia junto com seus discípulos pouco tempo antes de ir para Jerusalém. Ele já vivia momentos de agonia, sabendo que seria entregue a seus inimigos, crucificado e morto para pagar o preço de nossos pecados e nos resgatar do poder de satanás, quando Maria quebra um vaso de perfume precioso e unge os pés de Jesus e os enxuga com seus cabelos. Em adoração silenciosa, nada pede, apenas demonstra seu amor e gratidão por Jesus. É censurada por sua atitude, não é compreendida pelos discípulos, mas o Senhor recebe aquele ato de carinho dela enquanto toda a casa se enche com o perfume daquele balsamo.

Maria derramou nos pés de Jesus algo muito precioso! E nós? O que temos para “ofertar” a nosso Deus? Temos nossa vida, nossos dons e talentos, nossos bens, nossa família, temos tanto...

Diga ao Senhor hoje ainda: “Amado Jesus, me rendo a seus pés e me entrego totalmente a ti, usa a minha vida como tu queres, faça de mim um vaso de honra para tua gloria.”


PUBLICADA EM: 22/09/2014 13:54:05 | VOLTAR PARA Mensagens | OUTRAS PUBLICAÇÕES
FONTE: Pastor Ari Otávio - João 12:1-8


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