Quando lemos nas Escrituras: “Sede imitadores de Deus como filhos amados”, não significa que iremos imitar a Deus criando uma lua ou um planeta, mas o imitarmos em santidade. Ele diz: “Sede santos, porque eu sou santo”. O que distorce a santidade é errar o alvo, é o pecado. Para Deus não existe nem “pecadinho” nem “pecadão”, todo pecado tem como recompensa a morte. Talvez você pense que uma mentirinha à toa não faz mal. Querido (a), não existe mentirinha ou mentira grande, a mentira é uma só, e a consequência é a morte. A Bíblia diz que o pai da mentira é o Diabo (João 8.44).
Muitas vezes as pessoas não compreendem o que é ser cristão. Pensam que é somente ser abençoado com bens materiais. Deus pode dar bens, mas essa não deve ser a nossa motivação, mas viver como Cristo viveu, andar como Ele andou, ser santo como Ele é santo. Hebreus, capítulo 12, versos 1 e 2 nos ensinam a viver assim:“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas”. Quais são essas testemunhas? O irmão ao nosso lado é um testemunho, os anjos do Senhor são testemunhas “[...] desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta”. Peso é confusão, uma situação que sabemos que está errada, mas a aceitamos na nossa vida. Há uma diferença entre peso e pecado, diz o texto: “Desembaraçando-nos de todo do pecado que tenazmente nos assedia”.
O tempo todo o pecado no assedia, durante as vinte e quatro horas do dia, somos tentados. Jesus foi tentado e não foi apenas no deserto; Ele foi tentado em todas as coisas, como lemos em Hebreus 4, verso 15: “[...] ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. Ele foi assediado como nós somos assediados, a única diferença é que Ele nunca cedeu a uma única tentação.
A única maneira de não pecarmos é termos a consciência, durante as 24 horas do dia, do que está escrito no verso 2 de Hebreus 12: “[...] olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”.
O amor de Cristo nos constrange. Constranger significa embaraçar, deixar sem espaço. Ele está conosco em todo tempo; por isso, não precisamos pedir que
mandamentosEle venha à nossa presença, como muitos oram. Mas nós é que precisamos viver na presença Dele. Na caminhada cristã não há uma vida espiritual e outra secular. Não existe uma vida na igreja e outra fora da igreja. A nossa fé um relacionamento com o Senhor. Ou Jesus é tudo na nossa vida ou Ele não é nada. O coração do Senhor se alegra em se deleitar em nós, em se regozijar em nós, e isso não é possível quando pecamos. As consequências do pecado são terríveis, destroem, o pecado traz morte.
Dizendo a “grosso modo”: “Um pecado puxa outro pecado”, assim como “uma mentira puxa outra mentira”, e a vida vai se deteriorando. Quando oramos paramos de pecar, quando pecamos paramos de orar.
O propósito de Deus é que sejamos participantes da sua santidade, participantes da Sua natureza. Não existe nada mais glorioso na Terra do que fazer parte da santidade de Deus. Muitas pessoas ficam impressionadas com milagres. O milagre impressiona, mas no Último Dia alguns irão chegar diante de Deus e dizer: “Senhor, em teu nome eu fiz muitas coisas. Fiz um paralítico andar, um cego ver, em teu nome realizei muitas curas”. E o Senhor lhes dirá: “Quem são vocês? Eu não os conheço”. Quando somos santos nos tornamos participantes da santidade de Deus. Temos visto muitos milagres e cremos em milagres, mas o que realmente precisa nos impressionar nas pessoas é a santidade na vida delas. Jesus disse: “Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16).
PUBLICADA EM: 27/04/2014 08:59:07 | VOLTAR PARA Reflexão | OUTRAS PUBLICAÇÕES
FONTE: Pr. Márcio Valadão